Aerocurso.com

Uma Infraero enxuta quer uma segunda chance

22/04/2019

A operadora tem alienado ativos em leilões desde 2011, quando operava 66 aeroportos, e o governo espera arrecadar mais de R$ 50 bilhões em concessões

A presidente da Infraero acha que a empresa ainda tem um papel a desempenhar, depois de privatizar seus ativos, desenvolvendo as centenas de aeroportos regionais do país até eles se tornarem lucrativos.

size_960_16_9_aeroporto-viracopos32

Presidente da Infraero diz que continuará a pressionar por uma segunda vida para a companhia (Alexandre Battibugli/EXAME)

Martha Seillier, 35 anos, está no cargo há apenas dois meses, mas já elaborou um plano para enxugar a empresa de 9.500 funcionários como parte dos planos do governo brasileiro de vender o maior número possível de estatais. Entretanto, depois de leiloar os grandes aeroportos do Brasil, Seillier acredita que uma Infraero radicalmente menor poderia ser contratada para operar os pequenos aeroportos regionais espalhados pelo país.

“Os 500 aeroportos que hoje são pequenos serão os médios de amanhã, pois estamos em um mercado de aviação que ainda não está maduro”, disse Seillier em entrevista no escritório da Bloomberg em Brasília. “É ali que o estado tem de atuar.”

Agora ela só tem que convencer seu chefe. O Ministério de Infra-estrutura, responsável pelo ambicioso plano de privatização do governo, tem dito repetidamente que a Infraero será fechada assim que todos os aeroportos forem leiloados. A operadora do aeroportos tem alienado seus ativos por meio de leilões desde 2011, época em que operava 66 aeroportos em todo o país. O governo espera arrecadar mais de R$ 50 bilhões em concessões de operadores privados que ganharam as 22 últimas outorgas de aeroportos.

Fonte: Fabiola Moura e Samy Adghirni, Bloomberg

Compartilhe










Copyright 2017 - All rights reserved.