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Demanda alta e falta de pilotos afeta as empresas de aviação

12/11/2019

As grandes fabricantes de aeronaves planejam céu de brigadeiro para os próximos 20 anos, com 40 mil novos aviões entrando em operação. Contudo, um problema no cockpit pode atrapalhar os planos. Está começando a faltar piloto. A Boeing estima que serão necessários 790 mil pilotos no mundo dentro de duas décadas, dos quais 57 mil, na América Latina. O grande gargalo está na formação, que demanda alto investimento, enquanto os salários de ingresso na profissão são baixos, o que tem afastado as novas gerações.

Além de um currículo desejável em ciências aeronáuticas, o aspirante gasta algo em torno de R$ 60 mil para obter a licença de piloto comercial. 

Há ainda uma terceira licença, de piloto de linha aérea, que é a habilitação do comandante, geralmente adquirida após horas de voo trabalhando como copiloto em uma companhia aérea. Empresas como a Qatar Airways atraem jovens pilotos financiando os custos iniciais de formação e ainda oferecem uma série de benefícios, como mensalidade escolar para os filhos.

Nos Estados Unidos, o número de pilotos caiu 30% em 30 anos, apesar do forte crescimento das viagens de avião. As Forças Armadas americanas — que sempre foram fonte de profissionais para a aviação comercial do país — hoje, demandam menos pilotos em parte devido aos VANTs, os veículos aéreos não tripulados. Ainda assim, a Defesa americana sofre com a falta de pilotos e passou a dificultar a saída deles para a aviação civil.

 

A situação é dramática no mundo todo: os Estados Unidos liberaram o green card para pilotos estrangeiros que queiram trabalhar na aviação regional. No Japão, a idade de aposentadoria foi esticada para 68 anos, ainda que as convenções internacionais recomendem 65.

No Brasil, a crise das companhias nos últimos anos adiou o problema. Porém, com a perspectiva de retomada do crescimento, as empresas começam a se mexer. No início de janeiro, a Azul anunciou relaxamento das exigências para contratação de copilotos. Em lugar de exigir comprovação de 1.500 horas de voo, agora são apenas 200.


 

Fonte: Aerocurso.Com

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