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Crescimento da presença feminina como piloto comercial no mercado aéreo brasileiro é de 64% em três anos.

14/10/2020

Mesmo com esse crescimento, o setor de aviação brasileiro ainda é muito masculinizado. As mulheres continuam a ser minoria na classe dos pilotos, representando apenas 3% com licença para voar, enquanto os homens representam 97%. Na categoria piloto de linha aérea, levando em consideração o topo da carreira, as mulheres ocupam menos de 1%, somente 49 de um total de 5.211 licenças.

Mas ainda que o número de pilotos homens seja nitidamente maior, há uma tendência e um crescimento da participação feminina.

A maior parte do preconceito sofrido por pilotos mulheres vem de passageiros que não estão acostumados a vê-las comandando uma aeronave.

O principal impeditivo para que mais mulheres entrem na profissão de piloto é a falta de divulgação. A aviação ainda é tratada com muito glamour, mesmo sendo uma profissão como qualquer outra.

A primeira equipe inteiramente composta por pilotos mulheres foi formada pela Avianca, em 2018, através do programa Donas do Ar. Porém, devido à crise financeira da companhia aérea, o projeto, que promovia treinamento e contratação, além da divulgação da profissão, foi colocado em espera.

Em contrapartida, as mulheres são maioria na classe aeronáutica dos comissários de bordo, composta por 7.005 mulheres (66%) e apenas 3.637 homens (34%). A presença de comissários masculinos vem aumentando levemente.

Padrões estéticos

Uma marca da aviação é a existência de um código de vestimenta e de padrões estéticos de elegância. No entanto, essas regras têm mudado com a entrada e consolidação das mulheres no mercado aéreo.

Um exemplo é o da empresa aérea britânica Virgin Atlantic, que extinguiu a necessidade de maquiagem para sua tripulação feminina, e possibilitou também o uso de calças. Segundo a empresa, a atitude foi tomada para que comissárias tenham mais conforto ao trabalhar, assim como para que se sintam mais livres para “se expressar no trabalho”. Aqui no Brasil, a calça já pertencia ao uniforme feminino das principais empresas aéreas atuantes no país, porém, a maquiagem continua sendo recomendada em grande parte das companhias.

No mercado nacional, a tripulação deve seguir normas de apresentação e de tratos com os cabelos e unhas. Os uniformes dos tripulantes são selecionados pelas companhias aéreas seguindo o grau de formalidade que eles desejam apresentar.

As principais companhias aéreas do Brasil possibilitam que as comissárias optem entre calça, vestido e saia para portar o uniforme.

 

Fonte: AeroSimulados

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