23/10/2020
Aviador, é quem ama a aviação.
Aviação é paixão"
O Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, celebrado em 23 de outubro, rememora o primeiro voo do 14-Bis realizado por Alberto Santos-Dumont. O voo do aparelho mais pesado do que o ar ocorreu em 1906, no Campo de Bagatelle, em Paris. O 14-Bis percorreu 60 metros em sete segundos, voando a dois metros do solo perante a Comissão Oficial do Aeroclube da França (instituição de reconhecimento internacional autorizada a homologar descoberta aeronáutica marcante) e mais de mil espectadores.
No dia 23 de outubro de 1906, inscrito no Prêmio Archdeacon, Santos Dumont estava no campo de Bagatelle, em Paris, com o Oiseau de Proie II, o primeiro levemente modificado. A roda traseira, que atrapalhava na decolagem, havia sido suprimida. E a seda das asas havia sido envernizada para reduzir a porosidade e aumentar a sustentação.
O biplano decolou na primeira tentativa, às 16h45, ficando 6 segundos no ar e cruzando uma distância de 60 metros, mais que o dobro da distância necessária para a vitória. Reza a lenda que os juízes ficaram tão maravilhados que esqueceram de cronometrar, não homologando o recorde. No entanto, não havia como contestar, e o Oiseau de Proie II, ou 14-bis, foi o primeiro aeroplano internacionalmente homologado naqueles aspectos.
Há alguma controvérsia entre o primeiro voo da história, entre Santos Dumont e os irmãos Orville e Wilbur Wright. No entanto, deve-se lembrar que grandes invenções como o avião são convergências de vários outros experimentos e feitos anteriores, em uma época de intensa atividade científica. Assim como o cinema, o rádio, o balão de ar quente, e várias outras invenções da modernidade, não há um inventor único, apenas aquele que consegue convencer mais pessoas de que foi ideia sua.
Independentemente disso, o 14-bis fez seu inesquecível voo no dia 23 de outubro de 1906, pelas mãos de um brasileiro, marcando para sempre a data no mundo e em nosso país.A data foi transformada em Dia do Aviador pela Lei nº 218, de 4 de julho de 1936, pelo então presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Getúlio Vargas.