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Escassez de jatinho revela mercado exclusivo aquecido no Brasil

14/06/2022

Três das maiores empresas de aviação executiva do país, Flapper, Líder e TAM Aviação Executiva começaram a negar pedidos de jatos feitos em cima da hora. O mercado, aquecido desde o início de 2021, está em alta neste fim de ano. Na TAM, por exemplo, a demanda cresceu 60%.

 "A aviação executiva permite uma mobilidade muito maior, com pousos liberados nos cerca de 3.000 aeroportos no país, contra 120 destinos, em média, atendidos pelas companhias aéreas", diz Leonardo Fiuza, presidente da TAM Aviação Executiva (AE), em entrevista à Folha de S.Paulo.

Na Líder, o crescimento apontado é de 15% e a recomendação é que as viagens sejam agendadas pelo menos dez dias antes. O valor? Vai depender do modelo da aeronave e do destino. Um voo ida e volta de Belo Horizonte para São Paulo, por exemplo, em um King Air C90GT, custa cerca de R$ 24 mil, chegando a R$ 30 mil (em um HondaJet) e ultrapassando os R$ 38 mil (em um Hawker 800XP).

(Foto: Shutterst

"Buscando maior rapidez e conforto, muita gente tem procurado opções menos públicas para voar na pandemia", diz Paulo Malick, presidente da Flapper. De acordo com ele, a aviação comercial pode gerar 600 pontos de contato com risco de contaminação, número que cai para 30 na aviação executiva. Na empresa, o crescimento na demanda por jatos cresceu 20%, com os roteiros São Paulo-Trancoso (R$ 200 mil, ida e volta) e São Paulo-Caribe (R$ 900 mil, ida e volta) entre os mais procurados.

Os milionários, no entanto, precisam correr. "Estamos com 80% de ocupação até o fim de janeiro", diz Guilherme Régis, analista comercial da Flapper, que conta com cerca de cem jatos executivos em sua base, com quem faz a intermediação. "Há uma carência de aeronaves ultra range, que permitem voos sem escala", diz.

Com a procura em alta, a Flapper começou, este mês, a vender aeronaves. Um modelo Phenon 300 da Embraer sai por US$ 5 milhões (R$ 27,8 milhões). Na TAM, a venda de jatos também é uma realidade, com crescimento de 70% em relação a 2019. O modelo mais procurado é o King Air 260, que chega a custar US$ 7,5 milhões (R$ 41,7 milhões). Na Líder, há venda de aeronaves novas e seminovas, entre elas a Hondajet, que custa US$ 6,8 milhões.

 

Fonte: correio24horas

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