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LAN realiza voo comercial com biocombustível

09/03/2012

Buscando uma operação cada vez mais sustentável, a LAN Airlines e a Air BP Copec realizaram ontem, dia 7 de março, o primeiro voo comercial com biocombustível de segunda geração na América do Sul. O voo, entre as cidades chilenas de Santiago e Concepción, foi operado em um Airbus da família A320, com motores CFM56-5B. O combustível utilizado deriva de resíduos de azeite vegetal refinado, e cumpre com os mais estritos padrões técnicos requeridos para voar. A operação foi comemorada com evento, realizado em Concepción, que contou com a presença de autoridades locais, entre elas a ministra de Meio Ambiente, María Ignacia Benítez, além de executivos da LAN e de representantes da imprensa. Segundo Ignacio Cueto, gerente geral da LAN, este voo representa um passo essencial para o futuro da indústria. "Na LAN, consideramos que a produção do biocombustível sustentável para a aviação comercial tem grande potencial na América do Sul. Atualmente, estas fontes de energia renovável têm papel relevante na aviação mundial e sinalizam, cada vez mais, a tomada de decisões do setor e da nossa companhia. A LAN quer ser pioneira na utilização dos combustíveis renováveis na América do Sul", afirmou Cueto. Lorenzo Gazmuri, gerente geral da AirBP Copec destacou a relevância que este voo tem para as indústrias aérea e energética regionais. "Trata-se do fruto de um intenso trabalho de mais de um ano, uma materialização do compromisso permanente da nossa companhia com o desenvolvimento e o fomento de novas e inovadoras soluções energéticas. Confiamos que a América do Sul seguirá somando esforços para impulsionar esta alternativa e situá-la de modo competitivo no mercado dos combustíveis de aviação, para atender a uma sociedade cada vez mais exigente no que diz respeito à sustentabilidade", afirmou. Os biocombustíveis utilizados neste tipo de voos podem ser obtidos de plantas como algas, jatropha, halófitos e camelina, ou resíduos orgânicos como os azeites vegetais, que podem ser processados, queimados diretamente ou serem convertidos por processos químicos para fazer um combustível de alta qualidade. Estes são conhecidos como biocombustíveis de segunda geração. Derivam principalmente de matérias primas sustentáveis, que em sua produção não competem com as fontes de alimentação nem com recursos básicos (recursos escassos de primeira necessidade), o que é fundamental para o cuidado do nosso planeta. Para a aviação, o biocombustível cumpre com os estritos padrões técnicos requeridos para voar, e tem as mesmas características que o combustível regularmente utilizado nos voos. Além disso, esta fonte já foi aprovada com êxito por outras companhias, demonstrando a mesma confiabilidade que o querosene de aviação, tanto nos voos de prova como nos comerciais. Ao utilizar biocombustível de segunda geração no voo, as emissões de gases de efeito estufa foram reduzidas significativamente, uma vez que não se emite C02 adicional à atmosfera. Segundo o gerente de Meio Ambiente da LAN, Enrique Guzmán, "o combustível tradicional para a aviação provém do petróleo e, ao utilizá-lo se libera CO2. Com o uso do biocombustível, o CO2 liberado é quase o mesmo que foi capturado por um cultivo vegetal durante seu crescimento, ou seja, não há emissão adicional de CO2 na atmosfera". A indústria aérea se impôs ambiciosos objetivos ambientais com relação ao impacto de suas operações, entre outros, atingir um crescimento neutro de suas emissões até o ano 2020 e reduzir em 50%, em 2050. Para alcançar estes resultados, os biocombustíveis são um pilar estratégico, por isso companhias como a LAN estão trabalhando em nível mundial para incentivar o desenvolvimento desta crescente indústria. O setor de aviação já reduziu suas emissões de gases de efeito estufa (CO2 por tonelada transportada), em 50%, nos últimos 40 anos. Mesmo assim, companhias como a LAN têm ido mais além, implementado iniciativas que minimizem ao máximo o impacto ambiental de suas operações. Esta aliança entre LAN e AirBP Copec busca incentivar o desenvolvimento de energias alternativas e, desta forma, colaborar com o crescimento econômico, ambiental e social da região. Em nível mundial, segundo a IATA, o objetivo é chegar a 1% de biocombustíveis em 2015 e 5% em 2020. É uma meta difícil, pois necessita da coordenação de todos os atores da cadeia produtiva, desde o produtor de biomassa até o distribuidor final, incluindo políticas públicas que apóiem esta iniciativa.

Fonte: Da assessoria da LAN no Brasil

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