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Faltam pilotos para a demanda de helicópteros no pré-sal

22/10/2012

A exploração de petróleo no pré-sal pode esbarrar num gargalo que vem dos ares. Estima-se que a demanda por helicópteros que transportam passageiros até as plataformas em alto-mar (offshore) dobre em cinco anos, quando a mais promissora fronteira petrolífera brasileira estará em plena operação. Hoje, só brasileiros podem exercer a profissão. Veja como funciona o novo helicóptero que está sendo usados pelos pilotos na exploração do pré-sal Os campos de petróleo do pré-sal ficam a até 300 quilômetros da costa. Para voar trajetos tão longos - hoje a distância média das plataformas em alto-mar é de cem quilômetros - os helicópteros precisam ser maiores, de modo a transportar no mínimo 15 pessoas sem necessidade de parar para reabastecer por ao menos quatro horas. Atualmente, o único fabricante de helicópteros no país, a Helibras, não produz aeronaves de grande porte. A expectativa é que só em 2012 a empresa possa atender as especificidades do pré-sal. Enquanto isso não acontece, empresas como Líder e BHS, as duas maiores operadoras de voos offshore no Brasil, resolvem a questão importando helicópteros. Juntas, elas investiram mais de US$ 300 milhões desde 2009 na compra de 16 aeronaves - entre elas o S-92, da americana Sikorsky - capazes de voar até as plataformas do pré-sal. O problema é que não há profissionais para pilotá-las em quantidade suficiente. Na BHS, por exemplo, apenas sete dos 140 pilotos são habilitados para comandar o S-92, o que levou a empresa a trazer seis instrutores de fora para qualificar sua tripulação. - Esses equipamentos são modelos novos na indústria e nunca haviam operado comercialmente no Brasil. Isso nos obrigou a trazer instrutores estrangeiros - disse o diretor-executivo da BHS, Décio Galvão. Com cerca de oito toneladas e avaliado em US$ 27 milhões, o S-92 é praticamente um avião. É tão grande - tem capacidade para 18 passageiros, além da tripulação - que há até comissários de bordo nos voos. Para pilotá-lo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) exige, entre outros, a carteira de piloto comercial, obtida após cem horas de voo, e um curso de navegação por instrumentos, no qual se aprende a pilotar guiando-se por satélite.

Fonte: Yuri- O Globo

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